A presente formação avançada surge na sequência do projeto em curso HOPE2BRAIN+: Avaliação da efetividade de um programa de intervenção multinível promotor de esperança para aumento das funções executivas e qualidade de vida de crianças com doença oncológica que envolve um trabalho de colaboração entre investigadores de duas plataformas de investigação, a Nursing Research Plataform e a Translational Neuroscience Platform.
Aos programas de intervenção com enfoque na esperança parental juntaram-se os contributos das estratégias promotoras de esperança dirigidas à criança, trabalhando a sua vertente cognitiva e de autorregulação. A acreditação é justificada pelos conteúdos lecionados para a capacitação de profissionais de saúde e que se integram na licenciatura em Enfermagem e mestrados em Enfermagem de Saúde Infantil e Cuidados Paliativos.
A esperança faz parte da natureza humana e é entendida como fundamental para uma vivência altamente personalizada e subjetiva, sobretudo em contextos de adversidade, nos quais o sofrimento e a incerteza se encontram inerentes aos processos experienciais que acarretam a doença e/ou risco de morte. O conhecimento científico disponível acerca deste conceito abrange um envolvimento de saberes empíricos com carater multidisciplinar, explorado em profundidade, quer no âmbito da investigação, quer no da reflexão sobre a sua transferência nas áreas da saúde e da sociedade em geral.
A gestão da esperança também requer aprendizagem de regulação, nomeadamente numa vertente cognitiva-comportamental, e a orientação de profissionais de saúde capacitados pode fazer a diferença nas situações limite. Ferramentas como o Storytelling têm revelado o potencial das ações interpretativas das emoções através de histórias que ajudam a pessoa na condição de fragilidade a encontrar a resilência necessária para um processo terapêutico bem sucedido.
A formação avançada em “Gestão da Esperança nos Cuidados de Saúde” pretende: promover o desenvolvimento de competências nos profissionais de saúde para a promoção da esperança, integrando a dimensão terapêutica da comunicação e dos processos relacionais em contextos clínicos.